Doença que atinge mais as mulheres, o câncer de mama foi diagnosticado em 814 moradoras de Mato Grosso do Sul no ano passado. O número está num boletim que a SES (Secretaria Estadual de Saúde) divulgou nesta semana. Em relação aos demais estados do Centro-Oeste, a taxa de incidência no Estado a cada 100 mil habitantes é a maior: 58,12. A menor na região é a de Goiás, que ficou em 35,38. No ranking nacional, Mato Grosso do Sul é o 17º em quantidade de casos. Em primeiro lugar está São Paulo, Minas Gerais vem em segundo e Rio Grande do Sul ficou em terceiro. Mortes - Entre os tumores malignos diagnosticados em mulheres, no País, o câncer de mama é o que registra a maior mortalidade. De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), estima-se cerca de 73.610 casos novos da doença entre 2023 e 2025. Houve 1.126 mortes em Mato Grosso do Sul nos últimos cinco anos, sendo 195 em 2020, 211 em 2021, 196 em 2022, 267 em 2023 e 257 em 2024. Apesar de uma leve queda no ano mais recente, a série histórica mostra que os óbitos estão aumentando. Municípios da região central do Estado, onde está Campo Grande, registraram a maior taxa de mortes. A faixa etária mais atingida tinha entre 55 e 64 anos. Mamografias - Exame indicado a partir dos 40 anos, a mamografia teve cobertura de 39,01% em relação à população de mulheres no Estado, valor inferior ao recomendado para impacto na redução da mortalidade por câncer de mama. As maiores coberturas foram alcançadas nas cidades da região Sudeste (64,12%) e Centro Sul (48,67%), enquanto as do Baixo Pantanal (25,35%) e Pantanal (26,99%) tiveram os menores percentuais. Os dados sugerem desigualdades no acesso ao exame. Quando se olha para a proporção de mamografias feitas dentro da faixa etária indicada, a média estadual foi alta (96,47%), indicando que a maioria dos exames realizados atende à população recomendada. Estratégias - Para aumentar a cobertura de exames e identificar os casos, a SES afirma que comprou quatro novos mamógrafos para atender aos municípios de Jardim, Corumbá, Ponta Porã e Coxim. Além disso, a pasta informa que está promovendo treinamentos entre gestores municipais e profissionais de saúde sobre o Siscan (Sistema de Informação do Câncer) e o acompanhamento de mulheres com exames alterados. Estão previstas, em 2026, reuniões com representantes das regiões que apresentam indicadores mais frágeis em relação à realização de mamografias, para discutir soluções. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .