Uniforme escolar, um pesadelo (também) soviético
Foto: MAMM/ Russiainphoto.Ru
Da década de 1920 à de 1960, o traje obrigatório escolar era visto como natural e muito agradável. Os níveis de pobreza no país eram tão altos e a oportunidade de vestir sua própria roupa bacana ao invés de alguma doação passada para frente era considerada um privilégio, não uma obrigação.
Os uniformes escolares estavam à venda em todos os rincões da URSS e custavam o mesmo preço por toda parte para ser acessível aos orçamentos de qualquer família.
Depois de uma reforma nos estilos nos anos 1960, o uniforme virou um terno azul-marinho feito em material de 50% de lã para os meninos, com paletó de corte quase militar, e um vestido marrom para as meninas, com aventais de duas cores.
Crianças do terceiro ano. / Foto: Serguêi Borísov/Russiainphoto.Ru
Os modelos mais democráticos eram vestidos de tecidos compostos parcialmente de lã com saias em rodadas ou saias pregadas mais macias.
Vsevolod Tarasevich/ MAMM/ Russiainphoto.Ru
Como acessório menor, até as famílias menos abastadas podiam se dar ao luxo de um pouco de variedade. Os colarinhos e punhos eram costurados separadamente com renda guipir e fitas de cetim, e tinham acabamento com enfeites. Quem sabia, fazia crochê ou até bordados para enfeitá-los.
Vsevolod Tarasevich/MAMM/Russiainphoto.Ru
E, apesar da singularidade que os uniformes preveem pelo mundo afora, os colarinhos e punhos customizados eram permitidos.
Viktor Akhlomov/ MAMM/ Russiainphoto.Ru
No começo dos anos 1960, as estudantes também passaram a encurtar – por vezes, até demais – as saias.
Foto: Petshakovski/Ria Nôvosti