General Sylvio Frota tentou derrubar o presidente Ernesto Geisel pra barrar a Abertura
Com o apoio do deputado Siqueira Campos e do general Jayme Portella, o ministro do Exército, Sylvio Frota, articulou movimento pra impedir candidatura de João …
O post General Sylvio Frota tentou derrubar o presidente Ernesto Geisel pra barrar a Abertura apareceu primeiro em Jornal Opção.
Com o apoio do deputado Siqueira Campos e do general Jayme Portella, o ministro do Exército, Sylvio Frota, articulou movimento pra impedir candidatura de João Figueiredo e depor o presidente
[Texto publicado na edição de 25 de abril a 1º de maio de 2010]
Vista sem certa angulação, a ditadura civil-militar (1964-1985) é homogênea. Vista de perto, sem a lente da crítica de esquerda, tem fissuras e os grupos militares não eram todos “iguais”. O grupo da “Sorbonne”, Castello Branco, Ernesto Geisel, Golbery do Couto e Silva e João Figueiredo (que nem era muito sorbonista), planejou devolver o poder aos civis. O grupo de Costa e Silva, Emilio Garrastazu Médici e Sylvio Frota trabalhou para retardar(e até impedir) a Abertura. Em 1966, pelo menos na versão de alguns militares, o presidente Castello Branco tentou preparar uma certa abertura, chegando a pensar no lançamento de um civil, como Bilac Pinto, ou de um militar-quase civil, como Juracy Magalhães. Mas, pressionado pela linha dura, teve de engolir o sucessor Costa e Silva.
Ministro da Guerra, Costa e Silva, apesar da autoridade de Castello Branco, comportava-se como primeiro-ministro, desafiando o presidente. “Se o sr. não demitir o Costa e Silva imediatamente, não vai poder fazer isso mais tarde”, sugeriu Juracy Magalhães. Ao “aceitar” Costa e Silva, Castello Branco ironizou, na versão da escritora Rachel de Queiroz: “Vão substituir um presidente sem pescoço [Castello Branco] por outro sem cabeça [Costa e Silva]”. Avaliação precisa, mas incompleta: o presidente não admitiu que faltou-lhe tutano para barrar a tropa dos oficiais “duros”. “Em dezembro de 1965 a candidatura de Costa e Silva foi lançada por um inexpressivo deputado goiano (Anísio Rocha), levado por Jayme Portella de Mello ao gabinete do marechal”, relata o jornalista e pesquisador Elio Gaspari, em “A Ditadura Encurralada” (Companhia das Letras, 525 páginas). Anísio Rocha era do MDB.
Geisel e Golbery, generais “socialistas”
Em 1977, Castello Branco e Costa e Silva ressurgiram na pele do presidente Ernesto Geisel e do ministro do Exército, Sylvio Frota. A diferença, abissal, é que Geisel era mais corajoso e estrategista do que Castello Branco e Frota menos articulado do que Costa e Silva. Mas, ao seu modo meio atabalhoado, Frota trabalhou para minar o poder de Geisel e para se impor como candidato à sua sucessão, tentando desbancar o favorito da corte, João Figueiredo.
Frota estava entre aqueles que avaliavam que o reatamento de relações diplomáticas com China e Angola era um passo em direção ao socialismo e não mero exercício de pragmatismo comercial e geopolítica (palavra cara a Golbery). Tanto que, ao ser inquirido por Frota, Geisel explicou que, se aceitasse sua recomendação, teria de romper com a Rússia e o Brasil teria de se tornar colônia dos Estados Unidos. Os generais Adyr Fiúza de Castro, João Paulo Moreira Burnier e Enio dos Santos Pinheiro só faltaram dizer que Golbery era agente da Internacional Socialista. Geisel, segundo Burnier, teria dito: “Acho que devemos fazer um governo de centro-esquerda”. Golbery, na opinião do radical Burnier, “era um homem voltado para a área do socialismo”. A versão risível da linha dura pode ser conferida no livro “A Volta aos Quartéis — A Memória Militar Sobre a Abertura” (Relume Dumará, 328 páginas), organizado Celso Castro, Maria Celina D’Araujo e Gláucio Ary Dillon.
Quando percebeu que Geisel havia escolhido o sucessor, João Figueiredo, com o objetivo de dar continuidade à Abertura e de “matar” a ditadura, a linha dura reagiu e trabalhou para avalizar uma possível candidatura de Frota para presidente. Todos os depoimentos consultados confirmam que, pelo menos no início, Frota não queria ser candidato mas, picado pela mosca azul, entrou no jogo, sem entender que o jogo de Geisel era muito mais inteligente e funcional. Entre as vivandeiras que incensaram Frota estava o deputado por Goiás Siqueira Campos, chamado de “inexpressivo” por Gaspari. “Fizeram comitês, e os piores deputados iam lá prestar-lhe solidariedade”, avaliou Geisel.
Gaspari conta que, ao lançar a candidatura de Figueiredo, em julho de 1977, Humberto Barreto, assessor de imprensa, ouviu de Geisel: “Com isso você me dificultou a demissão do Frota”. Orientado por Golbery, o presidente da Eletrobrás, Antonio Carlos Magalhães, sugeriu que talvez Geisel não tivesse tutano para defenestrar Frota. “Tiro na hora que quiser. Você não me conhece”, replicou, furioso, o presidente da República. Frota, açulado por civis, como os deputados Siqueira Campos e Marcelo Linhares, e militares, como Jayme Portella e Enio Pinheiro, não parou de articular.
Orientado por Jayme Portella, o mesmo que havia feito a cabeça de Costa e Silva, dez anos antes, Frota, homem de poucas luzes, avaliou que a história se repetiria, mas enganou-se ao subestimar Geisel — que admitia ser leitor de Maquiavel — e sua capacidade de articulação. Mesmo sabendo que não era o nome de Geisel, e até por isso, Frota, revela Gaspari, começou a frequentar a tropa. Seu discurso era sempre o mesmo: “contra Figueiredo, a abertura e o perigo comunista”. “Ele [Frota] era um homem modesto que se cercou de alguns auxiliares muito mais inteligentes do que ele, que procuraram se aproveitar dele. Meteram na cabeça do Frota que ele é que tinha de salvar o país do comunismo. Daí ele acabou endossando a campanha para fazê-lo presidente da República, por influência do ambiente que ele vivia”, historia Geisel.
Roberto Médici, filho do presidente Emilio Garrastazu Medici, perguntou a Frota: “General, o senhor tem coragem de assumir um movimento contra Geisel, na sua determinação de fazer Figueiredo seu sucessor?” O ministro do Exército respondeu: “Não, Roberto, tenho coragem de, na conversa que provocarei envolvendo o nome de Figueiredo no tema sucessão, se desacatado, dar-lhe uma bofetada. Até um tiro. Mas conspirar contra ele, minha formação militar me impede”. Apesar dos frotistas terem dito que Frota não era conspirador, seus aliados, pelo menos, conspiravam o tempo todo contra a candidatura de Figueiredo e, inclusive, contra o governo Geisel. Frota “tinha uma cisma muito grande, não com o general Geisel, mas com o João Figueiredo. Não gostava do pai dele, Euclides, de quem fora aspirante no Regimento de Cavalaria, no Rio de Janeiro. (…) Frota não queria aceitar a possibilidade de o Figueiredo ser presidente. Quando surgiu o boato de que o Frota seria candidato, na verdade o que ele queria era apenas evitar que o presidente fosse o João Figueiredo, porque achava que ele não era capaz para a função. O Frota não queria ser presidente, nunca pensou nisso, embora tenham feito o diabo para que ele aceitasse a candidatura”, sustenta o general Enio Pinheiro, um dos frotistas, e portanto relativamente suspeito quando assegura que o ministro não queria ser candidato a presidente. Na avaliação de Geisel, Frota “se tornou o chefe da linha dura”, também conhecida como “linha burra”.
Ao confrontar Geisel, frisando que achava “inconveniente” a candidatura de Figueiredo, Frota recolheu uma tergiversação do presidente: “De modo algum isso [a candidatura de Figueiredo] passa pela minha cabeça. Você pode se tranquilizar. Eu só vou cogitar da sucessão em 1978”.
A desgraça de Frota começou com seu veto a Figueiredo e fortaleceu-se com os erros cometidos como ministro do Exército, ao escolher uma tigrada incontrolável para agir em São Paulo. Lá, debaixo dos olhos do comandante do II Exército, Ednardo D’Avila Mello, militares assassinaram o jornalista Vladimir Herzog e o operário Manuel Fiel Filho. O general Ednardo, afirmou Geisel, foi “omisso”. “Ele não torturava, mas, por omissão, dava margem à tortura. Ele não estava comandando”, concluiu o presidente. Geisel atacava os torturadores e mandava puni-los, mas aos pesquisadores Celso de Castro e Maria Celina disse: “A tortura em certos casos torna-se necessária, para obter confissões… e evitar um mal maior”. Curiosamente, embora tenha deixado sua turma livre para torturar, Frota, segundo Geisel, seria contra a tortura.
Conspirata no feriado atropelou Frota
Mesmo acossado, sem explicar o descontrole de seus aliados do porão e sem entender que estava sendo “caçado” por Geisel, Frota continua cabalando apoio político. “Numa bancada de 204 cadeiras, os frotistas acreditavam contar com noventa deputados. Deles, quarenta seriam votos certos e cinquenta simpatizantes. A candidatura do general fora lançada na Câmara por Siqueira Campos, um parlamentar subalterno, quase pitoresco por sua obsessão de criar o Estado do Tocantins”, destaca Gaspari. O jornalista-historiador sustenta que o MDB ficou fora do processo, mas o ministro da Justiça do governo Geisel, Armando Falcão, no livro “Tudo a Declarar” (Nova Fronteira, 435 páginas), revela que Tancredo Neves cogitou apoiar Frota. O astuto político mineiro teria dito a Falcão: “O ministro Sylvio Frota é candidato à Presidência da República? Pergunto isto porque ele tem a simpatia da maioria do MDB, principalmente da cúpula do MDB. Entendemos que, se o general Frota fosse presidente da República, seria um novo Dutra. Faria um governo de conciliação com todas as forças políticas”. A análise de Tancredo, se disse isto a Falcão, é de um estupidez total, porque Frota, pelo contrário, queria conter a liberalização do regime. Ulysses Guimarães não quis conversa com a turma de Frota.
Ao perceber que a candidatura de Frota não era fogo de palha e, sobretudo, que sua permanência no governo ameaçava a Abertura (a distensão segura e gradual) e mesmo o governo, Geisel decidiu agir. Começou a conversar mais amiúde com militares aliados sobre o “problema Frota”. O brigadeiro Délio Jardim de Mattos, do Superior Tribunal Militar (STM), pontuou: “Substitua o ministro enquanto é tempo”. O general Reynaldo Mello de Almeida, do STM, temia uma crise militar e também sugeriu o afastamento de Frota. Depois de conversar com Reynaldo, Geisel passou a noite acordado, pensando numa estratégia para retirar o ministro do Exército do governo com o menor trauma possível.
Se Geisel agia, conversando com militares e reforçando alianças, Frota não estava parado. A dois interlocutores, Frota esboçou “a tese de que o Exército não aceitaria nem ficar à margem dos acontecimentos, nem que a hierarquia fosse ultrapassada. O Exército, acreditava Frota, era ele”, comenta Gaspari. Figueiredo, por não ter quatro estrelas — providenciadas com certa urgência, atropelando outros generais —, “não” poderia ser presidente.
Ao saber dos encontros de Frota, que havia “declarado” guerra, Geisel conversou com Golbery no dia 7 de outubro de 1977, sexta-feira, e selaram o expurgo do ministro do Exército. “Fique quieto. Até quarta-feira o assunto estará liquidado”, segredou Golbery ao aliado Humberto Barreto. O segundo a ser avisado por Geisel foi o general Hugo Abreu: “Vou tirar o Frota”, que havia decidido “ser candidato à minha revelia. Ia ser o candidato dos que eram pela repressão”.
Em Brasília, ao general Moraes Rego, Geisel avisou: “Vou tirar o Frota quarta-feira, 12 [de outubro de 1977], feriado. Você vai voltar a São Paulo amanhã para avisar ao [general] Dilermando” (comandante do II Exército). Em seguida, o presidente falou com o comandante do I Exército, José Ponto de Araujo Rabello. Geisel, sem que a linha dura soubesse, estava articulando um esquema para tirar Frota e evitar sua própria queda.
Com o apoio de Hugo Abreu, Geisel montou um esquema perfeito para defenestrar Frota, cooptando os militares que realmente tinham força, os que estavam nos quartéis, mandando de fato, e aqueles que ainda eram influentes. Em Brasília, o comandante militar do Planalto, general Heitor Furtado Arnizaut de Mattos, e o comandante da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada, general Roberto França Domingues, casado com uma filha do general Orlando Geisel, aliaram-se ao presidente. “Quando verifiquei que tinha a maioria dos generais comigo, pelo menos os generais mais graduados, senti que era a hora de afastá-lo”, disse Geisel. O presidente conspirou com mestria.
“Vendido”, Frota não percebeu a arapuca em que estava entrando. Geisel havia decidido, de forma extremamente engenhosa, exonerá-lo no feriado de 12 de outubro de 1977, o de Nossa Senhora Aparecida. No feriado, os aliados do ministro do Exército estariam desarticulados.
O diálogo entre Geisel e Frota foi tenso.
— Frota, nós não estamos mais nos entendendo. A sua administração no ministério não está seguindo o que combinamos. Além disso você é candidato a presidente e está em campanha. Eu não acho isso certo. Por isso preciso que você peça demissão.
— Eu não peço demissão — respondeu Frota.
— Bem, então vou demiti-lo. O cargo de ministro é meu, e não deposito mais em você a confiança necessária para mantê-lo. Se você não vai pedir demissão, vou exonerá-lo.
Na versão do general Enio Pinheiro, Geisel “quase agrediu” Frota. Versão contestada pelo general França Domingues.
Batalha do aeroporto: Frota na chapada
Ao cair, Frota tentou levantar-se rapidamente. Convocou uma reunião do Alto-Comando e outros generais. Aliado de Frota, o tenente-coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o “Major Tibiriçá” do DOI, recebeu a incumbência de buscar os generais no aeroporto de Brasília. Ao seu lado, o major Sebastião Rodrigues de Moura, o Curió da Guerrilha do Araguaia.
No aeroporto, travou-se uma guerra quase surda. De um lado, Brilhante Ustra, Curió e seus aliados do Centro de Informações do Exército (CIE), informando que Frota esperava os generais no seu gabinete, no quartel-general. O tom era, ainda, de desafio aberto. Do outro lado, os aliados do presidente, como Heitor Aquino Ferreira.
O primeiro a chegar, o comandante do II Exército, o general Dilermando Gomes Monteiro, ignorou a linha dura: “Ustra, você diga ao Frota que vou atender a um chamado do presidente e depois telefono”.
O segundo, o diretor do Material Bélico, Arnaldo Calderari, amigo de Frota, não deu ouvidos a Ustra. Um coronel esclareceu: “Ustra, ele vai falar com o presidente”. Frota foi deixado na chapada pelos ex-comandados, que optaram pelo poder e pela hierarquia. “Apenas um oficial ficou com Frota. Foi o general-de-exército Vinícius Nazaré Notárie” (Venitius Nazareth Notare, no livro de Gaspari), relatou Enio Pinheiro.
Entretanto, os frotistas não desistiram. “Pensei que poderia haver no Brasil uma revolução sangrenta, feroz e com mortes”, apostou Enio Pinheiro. Militares “mostraram mais de 300 coquetéis molotov no chão e explicaram [a Frota]: ‘O senhor está vendo isso aqui. Sabe o que é? É para defendê-lo e atacar o palácio” (do Planalto), revela Enio Pinheiro. “Não havia granadas porque estava tudo fechado. Era feriado. Tínhamos de improvisar.” Frota teria respondido: “Não façam isso”. O presidente Medici, favorável a Frota, teria dito, na versão de Enio Pinheiro: “Põe água na cabeça. Põe água para esfriar a cabeça”. Frota assentiu: “Tudo bem. É isso mesmo. Acabou”.
Na versão de Geisel, “no ministério, Frota estava procurando ganhar tempo, relutando em passar o cargo ao novo ministro nomeado, o general [Fernando Belfort] Bethlem. O general Potiguara foi a ele e disse: ‘Frota, deixa de bobagem e passa logo esse ministério’”.
Geisel avaliou que Frota havia sido “capturado” por sua teia de aço e, por isso, não teve como reagir. “Se, por exemplo, a guarnição do Brasília não estivesse sendo controlada pelo general França, alguém poderia querer dominá-la e lançá-la ao ataque do Planalto. Mas isso não tinha probabilidade de acontecer. Eu tinha o meu esquema de segurança, com o coronel Germano Pedroso, que estava devidamente alertado”, contou Geisel a Celso de Castro e Maria Celina. “Todas as tropas de Brasília estavam com o Frota e foram se apresentar ao ministro para saber o que fazer”, diverge Enio Pinheiro. A versão de Geisel, ancorada nos fatos, parece mais próxima da realidade.
Mas é fato que alguns militares cogitaram invadir o Palácio do Planalto e prender Geisel, o que prova que a linha dura, embora tenha sido surpreendida por um estrategista de primeira, ainda era relativamente forte. A linha dura subestimou Geisel e, em política e na guerra, subestimar adversários e inimigos fortes é o primeiro caminho para a derrota. Ao mesmo tempo, fica evidenciado que a ditadura foi heterogênea e que alguns militares não queriam mantê-la por tempo indefinido nem compactuavam totalmente com a violência dos homens que mandavam e desmandavam nos porões (aliás, os porões, se oficiais, nem eram tão porões assim).
Ao vencer, derrubando, de vez, a linha dura — atentados cometidos por seus integrantes, mais tarde, revelavam mais desespero e provocação de quem está nos estertores do que vitalidade —, Geisel possibilitou a continuidade da Abertura, abrindo caminho para o retorno dos civis ao poder. Sobretudo, como assinala Gaspari, “Geisel restabelecera a autoridade constitucional do presidente da República sobre as Forças Armadas”.
Candidato civil de Geisel era o Tancredo Neves da Arena
Ernesto Geisel era um homem obstinado. Observou detidamente o governo de Castello Branco, a quem admirava, e descobriu que não fez o sucessor de seu agrado, um civil ou um militar, porque subestimou Costa e Silva. Por isso não cometeu o mesmo erro. Desde o início, contando com o apoio de Golbery do Couto e Silva (articulador político de origem militar, mas rejeitado pela maioria dos militares) e Petrônio Portela (articulador político civil), projetou a candidatura de João Figueiredo, que, mais tarde, no poder o desagradou. Mas, mesmo turrão, deu continuidade à Abertura.
Houve um momento em que, assim como aconteceu com Castello Branco (que planejou apoiar Bilac Pinto), pensou em lançar um civil a presidente da República. “Um homem que, na minha opinião, poderia ser presidente da República era o Petrônio. Era um nome da primeira ordem. Mas a opinião de todos [militares e civis] era de que o próximo presidente ainda deveria ser um militar”, contou Geisel aos pesquisadores Celso Castro e Maria Celina D’Araujo, no livro “Ernesto Geisel” (Fundação Getúlio Vargas”, 494 páginas).
O curioso é que tanto Frota quanto Geisel tinham seu Portella. O de Frota era o velho conspirador Jayme Portella, general; o de Geisel, Petrônio Portella, o Tancredo Neves da Arena.
O post General Sylvio Frota tentou derrubar o presidente Ernesto Geisel pra barrar a Abertura apareceu primeiro em Jornal Opção.