O deputado federal e presidente do PT (Partido dos Trabalhadores) em Mato Grosso do Sul, Vander Loubet, esteve na manhã desta quarta-feira (24) na sede da PF (Polícia Federal), em Campo Grande, para protocolar uma notícia-crime contra o empresário Luiz Paulo Lemos Castelluccio. A medida foi tomada após o empresário fazer um comentário afirmando que petistas deveriam ser “exterminados”, assim como “Israel está fazendo com o Hamas”. “Exterminar, não abrem mão do cessar-fogo enquanto existir um ser desse respirando, só assim esse país vai viver em paz”, escreveu o empresário. O comentário foi publicado em um vídeo divulgado em uma rede social, que abordava a polêmica envolvendo um comercial da Havaianas. Castelluccio afirmou ainda que discordava de Otávio Neto, autor do vídeo, sobre jogar o chinelo no lixo, mas, na sequência, passou a fazer xingamentos. Ele escreveu que o STF (Supremo Tribunal Federal) “só tem filho da puta ” e afirmou que, se um petista o desafiasse, “vai dar em morte”. Segundo o deputado, o comentário violento, feito em um ambiente público e de amplo alcance, mobilizou o Diretório Estadual do PT/MS e motivou o partido a acionar a Polícia Federal. No documento protocolado, Vander afirma que a conduta do empresário extrapola completamente os limites da liberdade de expressão, configurando discurso de ódio, ameaça coletiva, incitação à violência política e tentativa de deslegitimação das instituições democráticas, inclusive com ataques genéricos ao Poder Judiciário e à Suprema Corte. “Para o partido, há indícios suficientes para a apuração de crimes que atentam contra a convivência democrática e a ordem política, o que justifica a atuação da Polícia Federal”, aponta o deputado em nota. O empresário também citou o advogado Fábio Trad nos comentários, afirmando estar “de peito aberto”, além de responder a uma postagem do filiado ao PT/MS. Luiz afirmou que Fábio “defende bandidos do RJ” e que teria um “sobrinho traficante”. Fábio Trad disse que solicitou à direção estadual do partido a adoção de providências polociais e judiciais cabíveis, visto que se trata de um "crime político com nítido propósito ameaçador". O advogado também afirma que o comentário contém calúnias e difamação. "Nunca tive sobrinho envolvido em tráfico, bem como não defendi 'os bandidos do Rio de Janeiro'. Este indivíduo responderá pelos seus atos perante a Justiça", declarou Fábio. Para Vander, divergência política se resolve com debate, e discurso de ódio e ameaça de morte não são opiniões. “São crimes e precisam ser tratados como tal”, afirmou. Além da notícia-crime, outras medidas judiciais serão adotadas para responsabilizar o autor das declarações. A reportagem procurou Castelluccio por meio de sua empresa, mas não obteve retorno até a publicação. O espaço segue aberto para manifestação. *Matéria alterada às 15h44 para inserção de resposta de Fábio Trad. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .