O dólar fechou em alta de 0,16% nesta sexta-feira (26), cotado a R$ 5,54, impulsionado pelo cenário eleitoral no Brasil e pela cautela nos mercados internacionais. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, avançou 0,27%, aos 160.897 pontos, após a reabertura do pregão pós-feriado de Natal. Investidores reagiram a dados econômicos internos, decisões políticas e tensões geopolíticas no exterior. No Brasil, o BC (Banco Central) informou que as concessões de crédito caíram 6,6% em novembro ante outubro, enquanto o estoque total de empréstimos cresceu 0,9%, alcançando R$ 6,972 trilhões. A retração foi maior em financiamentos com recursos direcionados, como habitação e crédito rural, que recuaram 14,3%. A inadimplência em empréstimos livres ficou em 5,0%, com juros médios subindo para 46,7% ao ano. No plano político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso por tentativa de golpe de Estado, confirmou em carta que seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ) será o indicado à Presidência em 2026. A decisão contraria parte do mercado e setores da direita, que consideravam o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) como alternativa mais competitiva. A indicação reforça a percepção de continuidade das políticas do atual governo. No exterior, o dólar registrou leve alta frente a moedas fortes, enquanto a China revisou o PIB de 2024 para baixo, estimando 134,8 trilhões de iuanes, e anunciou sanções contra dez pessoas e 20 empresas dos EUA por venda de armas a Taiwan. A Rússia acusou os EUA de “pirataria” no Caribe após bloqueio à Venezuela, elevando tensões na região. As bolsas asiáticas fecharam em alta, com destaque para a China, cujo índice de Xangai subiu 0,10% e o CSI300 avançou 0,32%. O Nikkei em Tóquio subiu 0,68%, enquanto Seul e Taiwan registraram ganhos de 0,51% e 0,65%, respectivamente.