O advogado de 63 anos, preso em flagrante após gastar R$ 86 em um restaurante de shopping em Campo Grande, afirmou que se confundiu e pensou estar usando seu próprio cartão. O homem relatou que achou a carteira do engenheiro agrônomo em uma loja de roupas e tentava descobrir quem era o dono para poder devolvê-la. O caso aconteceu na última sexta-feira (26). Em depoimento ao delegado Leonardo Antunes Ballerini Fernandes, o advogado contou que, por volta das 11h55, estava na loja de roupas e realizou uma compra em seu cartão de crédito. Logo após o pagamento, ele encontrou no caixa de autoatendimento uma carteira e a colocou no bolso. O homem relata que saiu da loja e foi até uma farmácia, onde comprou medicamentos para sua mãe e pagou com seu cartão. Em seguida, foi até a praça de alimentação e passou a olhar o que tinha dentro da carteira achada por ele, com a intenção de devolvê-la ao dono. No entanto, o advogado afirma que os cartões estavam muito danificados e não era possível saber a quem pertenciam. Com isso, os guardou novamente na carteira, mas acabou misturando um deles com o seu que estava no bolso da camisa. O advogado então foi até o restaurante e fez a compra de R$ 86, mas pensou que estava pagando com seu cartão. Ele então percebeu o engano e deixou a carteira no balcão do local embaixo de alguns papéis. Depois foi até um mercado e acabou sendo abordado pelos seguranças ainda no caixa. A namorada do dono da carteira estava com os seguranças e o advogado contou a história dizendo que faria o ressarcimento. Porém, segundo a versão dele, o engenheiro agrônomo não aceitou a devolução e disse que já havia acionado a PM (Polícia Militar). Então todos foram encaminhados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. O advogado foi preso em flagrante por furto qualificado e passou por audiência de custódia. O juiz Marcus Abreu Magalhães concedeu a liberdade provisória e o homem pagou R$ 1.518,00 de fiança; além disso, está proibido de sair da cidade por mais de 8 dias sem autorização judicial. Conforme apurou o Campo Grande News , o advogado tem passagens por extorsão e ameaça.