Com 16 mil embarques previstos até o dia 31 de dezembro, o movimento na rodoviária de Campo Grande nesta segunda-feira (29) é tranquilo. A equipe do Campo Grande News esteve no local e encontrou passageiros que utilizam a Capital apenas como ponto de conexão. Uma das entrevistadas, por exemplo, já havia enfrentado 15 horas de viagem para chegar à cidade e ainda terá outras 18 horas pela frente até o destino final. É o caso da comerciante Cristina Alves, de 60 anos, que saiu de Santa Cruz, na Bolívia, e enfrentou oito horas de viagem até Corumbá. Da Capital do Pantanal até Campo Grande, foram mais sete horas. Agora, ela segue viagem para Curitiba (PR). “Eu prefiro viajar de ônibus, então sempre passo em Campo Grande nas conexões”, contou. Ao chegar à capital paranaense, Cristina irá reencontrar o esposo e o restante da família. O objetivo é passar a virada do ano em Florianópolis (SC). Ao todo, a viagem da comerciante ultrapassa 35 horas. Ela relata que vive em Santa Cruz há mais de 30 anos, passou o Natal por lá e costuma optar por celebrar o Ano Novo no Brasil. “Todas as vezes que viajo, passo pela cidade pois Campo Grande tem mais opções de ônibus e acaba que é mais rápido. Já fui direto para Presidente Prudente, mas por lá demora muito mais. Eu gosto é desse trajeto”, detalhou. Campo Grande também foi ponto de conexão para o casal Rosymeire Pereira, de 59 anos, e o servidor público Narciso Gomes, de 63 anos. Eles chegaram à Capital às 9h30, de avião, e no momento da entrevista aguardavam o embarque em um ônibus com destino a Ladário. “É a segunda vez que eu venho para o Mato Grosso do Sul, da primeira vez fui de avião a Corumbá. Esse ano decidi vir de São Paulo para cá e aqui enfrentaremos 6 horas de ônibus para encontrar meu filho. [...] Se não fosse tão apertado a gente iria dar um passeio para conhecer a cidade”, disse Rosymeire. Outra passageira que aguardava por uma conexão era Cinthia Rocha, de 53 anos. Ela mora há 20 anos na Espanha e está em Mato Grosso do Sul para visitar a família em Corumbá. “Desta vez pretendo ficar por 3 meses. Minha viagem era 7h, mas acabei perdendo o ônibus e vou embarcar mais tarde. A viagem está sendo um pouco pesada, mas a gente aguenta. Foram dez horas de avião, mais 6 horas de ônibus”, contou. Já Maria de Lurdes, de 75 anos, foi a única pessoa encontrada pela reportagem que não viajaria. Ela aguardava a chegada de um amigo. “Eu moro em Campo Grande desde 2024. Hoje meu amigo está vindo de Caldas Novas (GO) para passar a virada do ano comigo”, explicou. Entre os dias 27 de dezembro e 5 de janeiro, a previsão é de que cerca de 57 mil passageiros circulem pela rodoviária de Campo Grande, considerando embarques, desembarques e conexões. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .