Goiânia diminui quase 50% nos registros de dengue em 2025
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou mais de 2,3 milhões de visitas domiciliares em Goiânia no combate à dengue, em 2025. Toda essa ação resultou na diminuição dos índices da doença na capital. A situação epidemiológica caiu 46,4% em relação a 2024, sendo que casos confirmados da doença houve uma redução em 21,9%.
Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, o assessor técnico da Gerência de Controle de Vetores da Diretoria de Vigilância em Zoonoses da SMS, Wellington da Rocha, disse que as ações de controle do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya conta com 800 agentes de combate a endemias divididos nos sete distritos sanitários.
“Embora nós tenhamos uma redução na transmissão, isso não quer dizer que devemos cruzar os braços. Nem nós, nem a população e nem ninguém. Nós temos regiões grandes em Goiânia, como a Noroeste e a Sudoeste, que merecem mais atenção devido à densidade de pessoas, que moram nessas regiões. Então, quanto maior a região, a gente sabe que também maior serão os problemas”, explica Wellington da Rocha.
Ainda de acordo com o assessor da Diretoria de Vigilância em Zoonoses, dos sete distritos sanitários de Goiânia – quatro possuem armadilhas instaladas no combate da proliferação do vetor. “Essas armadilhas contribuíram muito na redução da densidade populacional desse vetor, o que consequentemente reduziram as transmissões da doença”, completa.
A atuação dos 800 agentes de combate a endemias é fundamental para o controle e diminuição da dengue. Eles conversaram com os donos dos imóveis, fazem a eliminação dos possíveis criadores, utilizam larvicidas naqueles locais que não tem como eliminar o mosquito Aedes aegypti.
“Os nossos agentes são parceiros e companheiros da população. Eles já tem olho clínico para poder fazer essa vistoria, observar nos locais onde pode acontecer ali um foco. Nossos agentes estão em campos, são identificados, mas, ainda assim, se a população tiver dúvida, pode entrar em contato conosco, para o reconhecimento desse agente”.
Ainda segundo Wellington da Rocha, o trabalho é contínuo. “Nós temos que estar indo periodicamente naqueles imóveis para a gente poder estar sempre observando e levando também a conscientização e o conhecimento para a população, para que não haja proliferação do mosquito vetor, que é responsável por dengue, zika e chikungunya, que são doenças que podem, inclusive, levar a óbito” complementa.
Boletim Epidemiológico
Em 2025, conforme o Boletim Epidemiológico Arboviroses, Goiânia registrou 27.871 casos de dengue, sendo 75 mais graves e 38 mortes causados pela doença. Quantitativo é 21,9% menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado, quando a capital contabilizou 48.619 casos de dengue e 82 pessoas perderam a vida por causa da doença.
De acordo com o painel de controle antivetorial da SMS, os agentes de combate às endemias localizaram neste ano 30.890 focos do mosquito em 21.624 residências da capital. As equipes estiveram ainda em 1.017 imóveis abandonados ou permanentemente fechados para vistorias compulsórias. Foram lavrados também 75.952 autos de infração.
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