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Por dentro de um colégio feminino do Ministério da Defesa

Alunas da sexta série do colégio interno feminino do Ministério da Defesa da Rússia. / Foto: Olga Ivanova

“Esse internato poderia ser descrito como um colégio militar?”, começo perguntando.

“Se você tem em mente que nossas meninas não bebem, não fumam e não falam palavrão – então, sim. Mas, em geral, consideramos as boas maneiras como norma. Nós somos uma escola ‘soviética’ normal”, diz a assessor de imprensa da escola que nos acompanha no passeio pelas dependências.

A cantina escolar funciona no estilo bandejão. No almoço, são servidas duas opções de sopa, um prato de carne ou peixe, ambos com acompanhamento, legumes, uma bebida e uma fruta obrigatória. / Foto: Olga Ivanova

A assessora tem um nome bastante raro para os padrões de hoje – Taisia. Trata-se de um nome bem comum entre os professores das escolas soviéticas. Taisia é acolhedora, mas ao mesmo tempo severa. A estética e a disciplina coexistem e se complementam nesse ambiente. Taisia pronuncia as palavras “escola soviética normal” com uma nostalgia mal escondida.

Biblioteca da escola permite que alunos baixem e-books ou folheiem calhamaços de papel antigo. / Foto: Olga Ivanova

Oásis por trás da parede

A escola está situada a apenas 1,6 quilômetro a noroeste do Kremlin de Moscou. Se não fosse pela parede alta de tijolos, pelos portões de segurança e por uma proibição de deixar a escola desacompanhado de um adulto, seria um campus clássico (que, aliás, não era o tipo de escola que se tinha no período soviético). Além das salas de aulas, há vários dormitórios, um centro de música, ginásio, uma grande arena equestre indoor, uma piscina e um parque no estilo inglês. Como descreve Taisia, “é um verdadeiro santuário no meio de uma metrópole de 12 milhões de pessoas”.

Pátio interno do bloco principal. / Foto: Olga Ivanova

O internato tem status de corpo de cadete, mas perpetua as tradições de institutos para meninas que existiam na Rússia Imperial e que foram fechados depois de 1917.

“De qualquer forma, o objetivo de gerar mulheres educadas, boas mães e membros úteis para família e sociedade – que Catarina, a Grande estabeleceu antes do século 18 – se encaixa com os objetivos de professores e educadores nessa escola pós-soviética para crianças bem-criadas”, analisa o assessor.

Passeio diário de uma hora pelo parque inglês, depois das aulas. / Foto: Olga Ivanova

Um golpe de sorte

Os antecedentes de infância da maioria das meninas são semelhantes: vida em um complexo militar em algum lugar no vasto país e perspectivas incertas. Até o dia em que um conhecido, ou o pai, soube da existência do internato.

Dormitório. / Foto: Olga Ivanova

Katia Filatova, uma garota imponente de 16 anos, me vê na janela tentando, em vão, captar qualquer sinal de celular. Ela pega então seu smartphone.

“Você precisa de Wi-Fi? Pode usar o meu”, diz.

A lição de física pode ter acabado, mas ainda há trabalho a ser feito. / Foto: Olga Ivanova

Katia está na décima série. Mais um ano e estará livre. “Vou estudar jornalismo”, conta. Ela me olha de cima para baixo, como se tentasse convencer-se mais uma vez de que faria a escolha certa. Na décima série do internato é quando as escolhas sobre o futuro começam a ser ponderadas. Estamos no corredor, no primeiro andar de salas de aula, ao lado de um enorme retrato do imperador Aleksandr 2º.

Tocar a trombeta não é fácil, assim como também não é fácil passar vergonha na frente dos colegas. Aula de instrumentos de sopro. / Foto: Olga Ivanova

“Um pouco autocrática para uma escola ‘soviética’”, brinco, virando para a direção de Taisia, que me olha com desaprovação.

“Essas são as salas de ciências – biologia, física e química”, apressa-se Katia. “As meninas que estudam ciências humanas como eu ficam no segundo andar.”

O “gorodki” é um esporte nacional russo, semelhante aos skittles (variante do boliche jogada na relva). Os treinos acontecem em uma quadra especial. / Foto: Olga Ivanova

Katia nasceu na península de Kola, em Olenegorsk, uma pequena cidade no Círculo Polar Ártico, a cerca de 1.700 quilômetros ao norte de Moscou. Além de uma unidade militar, sua cidade-natal possui um complexo de mineração e industrial para extração e processamento de minério de ferro. “As perspectivas de carreira para os jovens no Extremo Norte do país são limitadas”, diz Katia.

Quadra de tênis coberta da escola. / Foto: Olga Ivanova

Em 2014, Olenegorsk foi colocada em uma lista governamental das chamadas “monópolis”, cidades onde a vida das pessoas é completamente dependente da fortuna de uma única empresa e, segundo a descrição no documento, “há risco de deterioração da situação socioeconômica”. A notícia de que um internato do Ministério da Defesa para meninas havia sido aberto em Moscou veio como um golpe de sorte para Katia.

O conjunto de percussão é um membro regular no Festival de Música Militar Internacional da Torre Spasskaya, na Praça Vermelha. / Foto: Olga Ivanova

Sete anos, dia após dia

O internato admite meninas, com idades entre 10 e 11 anos, que tenham concluído o ensino fundamental. Todos os custos no internato são financiados pelo Estado, e as vagas são duramente competidas ano a ano. Taisia se recusa a dizer quantas meninas se matriculam no processo anualmente, mas, quando menciono ter ouvido das meninas que há 20 candidatas por vaga, ela acena com a cabeça em acordo.

Trégua antes da batalha. A escola oferece muitos esportes: artes marciais como sambo, sumô e taekwondo são populares entre as meninas. / Foto: Olga Ivanova

Formalmente, as meninas continuam a estudar na quinta série conforme o currículo do ensino médio; porém, na prática, elas seguem o programa de uma escola especializada, como o sistema era conhecido no período soviético. A diferença é que há ensino “em profundidade” não apenas de um assunto – língua russa ou matemática (ou física ou biologia) –, mas de todas as disciplinas simultaneamente até o décimo ano, quando é feita a escolha por uma especialização.

Todos os dias durante sete anos, com intervalos para férias, as meninas se ocupam com alguma coisa. O dia começa às 7 da manhã com exercícios em grupo. Depois das aulas, que incluem duas línguas estrangeiras, piano, natação e patinação artística, há cursos opcionais: uma terceira língua estrangeira, música, pintura, escultura, coreografia, teatro, clube de robótica, ou filmagens para o canal de TV da escola.

Por sete anos, o dormitório do colégio é a casa das meninas. Cada bloco residencial tem dois quartos duplos, um banheiro e um armário. / Foto: Olga Ivanova

E, é claro, todas realizam esportes – muitos esportes. Nos corredores, é possível, por exemplo, se deparar com a campeã juvenil europeia de sumô, Nástia Nikitina. É o mesmo no campo de equitação, onde se encontra a vencedora da Olimpíada Russa de Física. Em alguns casos, inclusive, são a mesma pessoa.

As meninas retornam para os dormitórios por volta das 8 da noite e, antes de dormir, têm 30 minutos para gastar com coisas pessoais.

O preço da liberdade

Uma vez por mês, as meninas tem permissão para visitar a cidade acompanhadas de parentes ou de uma pessoa autorizada. A cada três meses, há o Dia de Celebração para festejar os aniversários que caíram no período em questão. Todas aguardam pela discoteca, uma rara ocasião em que as meninas recebem a visita de garotos – cadetes das academias de Música do Exército e do Ministério para Situações de Emergência.

Vestidos de gala são parte indispensável do armário no internauta. A aluna da sexta série Macha Samatkina. / Foto: Olga Ivanova

“É o único dia em que podemos nos permitir fazer as unhas”, conta Katia Filatova.

Meninas entre a quinta e nona séries têm ainda menos privilégios. Enquanto as mais velhas possam usar celular a qualquer momento, as novatas só recebem seus aparelhos por uma hora toda noite – geralmente dedicada a telefonemas com os pais.

Brincadeira antes do almoço. / Foto: Olga Ivanova

“Você já viu nosso frango?”, pergunta uma garota de grandes olhos cinzentos e trança nos cabelos, em tom inquisitivo. “Ele foi chocado por nós nas aulas de biologia”.

“O que você quer dizer com ‘chocado’?”, rebato.

“Muito simples – de um ovo.”

Apenas as alunas mais velhas têm permissão para segurar o galo – a estrela da classe de biologia. Katia Filatova, da classe 10A. / Foto: Olga Ivanova

Stasia Starojuk está na sexta série. Sua mãe está no Exército – é especialista em um batalhão de rádio na cidade de Nevinomissk, no Cáucaso do Norte, a 1.500 km ao sul da capital russa. A garota ingressou no colégio há um ano e meio.

Stasia e seus vários colegas vestem casacos azul claro idênticos e nos levam para um passeio pela propriedade da escola. Em algum lugar no fundo do parque inglês vive o galo que nasceu na aula de biologia. Taisia segue conosco, de olho nas meninas e nos visitantes – afinal, o Ministério da Defesa deve proteger seus segredos militares.

Luzes prestes a serem desligadas. Edifício do dormitório. / Foto: Olga Ivanova

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