Greve em aeroportos chega ao terceiro dia no Chile
<p>Os aeroportos do Chile viviam, neste sábado, o terceiro dia de uma greve de funcionários do setor aeronáutico com vários terminais paralisados, situação que forçou as companhias aéreas a cancelar voos locais.</p><p>Na sexta-feira à noite, os funcionários da Direção Geral da Aeronáutica Civil (DGAC) decidiram continuar em greve por tempo "indeterminado".</p><p>Os controladores aéreos desistiram de se somar à medida e trabalham normalmente, mas a maioria dos responsáveis pela segurança, meteorologia e transporte de volumes aderiu à greve.</p><p>"De acordo com a indicação das autoridade, a operação se manterá em sete aeroportos do país: Iquique, Antofagasta, Calama, Santiago, Temuco, Puerto Montt e Punta Arenas, o que corresponde a 64% da nossa operação dentro do Chile", declarou a Latam, em um comunicado no qual anunciou um novo "cancelamento parcial" de voos internos por parte da companhia.</p><p>"Os voos internacionais serão mantidos, embora possam apresentar alguns atrasos em seus itinerários", acrescentou a maior companhia aérea da América Latina, em uma nota.</p><p>Outras companhias também farão ajustes em suas operações, nesse período marcado pelo alto fluxo de passageiros em função das festas de fim de ano.</p><p /><hl2>Longas filas</hl2><p>A Copa Airlines informou que manterá suas operações, mas que pode apresentar esperas maiores do que normal. Já a local Sky cancelou 27 voos domésticos.</p><p>No aeroporto de Santiago, principal terminal aérea do país, os efeitos da paralisação eram visíveis nas longas filas e na irritação dos passageiros com o cancelamento dos voos.</p><p>A extensão da greve foi anunciada pelo presidente da DGAC, José Pérez, antecipando que a mobilização se manterá "até que o governo responda coisas concretas".</p><p>Os trabalhadores pedem para ser excluídos das Administradoras de Fundos de Pensão (AFP) e incorporados ao sistema de aposentadoria das Forças Armadas.</p><p>O ministro chileno da Defesa, José Antonio Gómez, disse que é "inconcebível que os chilenos sejam feitos reféns para, na verdade, buscarem benefícios que vão muito além do que todos os chilenos têm".</p><p>A DGAC conta com cerca de 3.000 funcionários em todo o país.</p><p>A Ilha de Páscoa e Aysén (sul) foram particularmente afetadas pela greve. Popular destino turístico nesta época do ano, a ilha sofre com a paralisia de seu terminal aéreo, o qual deixou turistas e moradores em Santiago, à espera de uma conexão. Diferentemente de outras regiões do país, é impossível chegar à ilha via terrestre.</p><p>O governo prometeu fazer pontes aéreas para Aysén e voos humanitários para a Ilha de Páscoa.</p><p /><p>gfe/jb/val/tt</p>