Rejeição a Bolsonaro cria voto '13 e 45' em Minas Gerais
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A improvável união dos votos 13 e 45, partidos que rivalizaram em 2014 e também polarizam em Minas Gerais, se dá pela rejeição ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
O outro candidato a governador em Minas, Romeu Zema (Novo), que lidera as pesquisas e chegou à frente no primeiro turno, defende explicitamente o voto em Bolsonaro. A carona no capitão reformado explica o salto de votos do candidato antes nanico.
Zema é empresário, nunca disputou uma eleição e defende ideias liberais, como a redução do estado e privatizações.
Já Anastasia, embora não poupe críticas ao PT, não divulgou seu voto no segundo turno, afirmando que a neutralidade busca abrir um caminho de diálogo com qualquer que seja o presidente. Pessoas próximas ao tucano dizem que ele não compartilha do radicalismo de Bolsonaro.
Outros políticos do PSDB da coligação de Anastasia, no entanto, abandonaram o barco de Geraldo Alckmin (PSDB) ainda no primeiro turno para declarar voto em Bolsonaro, como o candidato a vice, Marcos Montes (PSD) e o candidato ao Senado Dinis Pinheiro (SD), que foi derrotado.
O PT de Minas Gerais se declarou neutro no segundo turno no estado, depois que o governador Fernando Pimentel (PT) terminou em terceiro com 23% dos votos. Militantes e lideranças de esquerda passaram a defender voto nulo.
O educador físico Lucas Ferreira, 33, porém, não vai anular seu voto. Andando pela Savassi com adesivos de Haddad no peito afirmou que ?infelizmente votará em Anastasia?.
?Os eleitores de Haddad estão tendo uma dificuldade grande na eleição para governador, pela falta de opção. Pimentel recebeu um estado em crise e não conseguiu colocá-lo de pé. Não fez um bom governo especialmente para professores e estudantes, que são sua base, o que o enfraqueceu?, avalia.
Minas passa por grave crise fiscal, e o governo Pimentel parcelou e atrasou salários de servidores públicos. Leia mais (10/27/2018 - 17h39)