Após parto prematuro, mãe segura filho pela primeira vez
Pegar o filho recém-nascido no colo foi um momento muito aguardado pela auxiliar de serviços gerais, Aucicleia Oliveira, que esperou exatamente 32 dias para realizar esse desejo, que se realizou na última quinta-feira (2). A jovem de 28 anos teve um parto prematuro, onde Ravi Gael nasceu com apenas 27 semanas. Pesando 1,18 quilos e medindo 36 centímetros, Ravi está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Campo Grande, onde trata uma má formação no coração. Segundo Aucicleia, a diabetes e pressão alta causaram a gravidez de alto risco. “Foi uma grande espera, fiquei muito nervosa e ansiosa, mas foi a melhor sensação do mundo”, pontuou. Mãe e filho seguem acompanhados pela equipe médica da Santa Casa, que divulgou o vídeo na tarde desta sexta-feira (3). Apoio - De acordo com a professora e voluntária da ONG Prematuridade, Karen Crystina, a gravidez de risco está ligada ao acompanhamento médico. "Pode ser uma pequena infecção dental ou urinária, a falta de um pré-natal bem feito, uma assistência médica, tudo isso pode causar um parto prematuro", explicou. Karen é mãe e esteve na mesma situação de Aucicleia em 2013. "Os dias de angústia eram enormes. Aos poucos, comecei a fazer o projeto cegonha, onde o bebê foi exposto ao meu calor, meu cheiro. Isso tranquiliza qualquer mãe", concluiu. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, equivalente a seis ocorrências a cada dez minutos. No Estado, de acordo com dados do SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos), dos 23.991 nascidos vivos entre 2022, 3.356 foram de partos prematuros.