A medida veio após a prisão da advogada Rocío San Miguel, presidente da ONG Control Ciudadano
247 - O governo da Venezuela tomou a decisão, nesta quinta-feira (15), de encerrar imediatamente as operações do escritório local da ONU para os direitos humanos, exigindo que seu pessoal deixasse o país em 72 horas, informa o The Guardian.
A medida veio após a prisão da advogada Rocío San Miguel, que foi detida no aeroporto de Caracas na última sexta-feira, enquanto aguardava um voo para Miami junto com sua filha. Autoridades venezuelanas alegaram que San Miguel, presidente da ONG Control Ciudadano, tinha ligações com crimes como traição, conspiração, terrorismo e associação criminosa.
O ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, fez o anúncio durante uma entrevista coletiva realizada em Caracas, onde acusou o escritório de apoiar forças da oposição.
Gil justificou a decisão do governo, afirmando que o escritório da ONU havia sido utilizado pela comunidade internacional para promover uma narrativa negativa contra a Venezuela. O alto comissário da ONU para os direitos humanos, sediado em Genebra, havia expressado uma "profunda preocupação" com a detenção de San Miguel.