Câmeras de segurança e rondas são principais ações contra violência nas escolas
Depois do ano de 2023, em que o Brasil registrou o maior número de atentados em escolas desde 2002, segundo dados do Instituto Sou da Paz, o Governo de Mato Grosso do Sul garante que houve reforço nas ações de segurança nas instituições de ensino. Atualmente, 85% das unidades escolares contam com câmeras de segurança e durante todo ano passado, as rondas escolares feitas pela Polícia Militar, fizeram parte do cotidiano. Para 2024, o serviço deve ser mantido. Informações da SED (Secretaria de Estado de Educação) são de que o serviço de monitoramento de vídeo está presente em 298 das 349 unidades escolares, com exceção das unidades rurais ou indígenas, que estão localizadas em regiões sem internet. “No entanto, existe a previsão de atingir a totalidade das escolas da REE no decorrer deste ano de 2024”, cita a secretaria. Entre as ações implementadas no ano passado que visam prevenir ou coibir ataques ou ações violentas dentro das escolas, a SED comenta que existe o botão do pânico, que é um aplicativo disponibilizado em todas as unidades que contam com o monitoramento por câmeras. “Ele fica disponível via celular para os servidores da escola e pode ser acionado de acordo com a situação observada para relato e atendimento de diversas ocorrências”. Outra ação iniciada em 2023 foi o Nise (Núcleo de Inteligência de Segurança Escolar) que atua junto ao Cosi (Centro de Operações de Segurança Integrado), que é o videomonitoramento integrado. Esse serviço também atua na fiscalização e reposição de bens nos casos de vandalismo ou furtos ocorridos nas dependências escolares. Rondas - O contato com as equipes da Ronda Escolar é por meio do aplicativo. Em seguida são acionados policias militares do programa “Escola Segura, Família Forte”, sem qualquer necessidade de registrar o pedido de ronda ou apoio pelo 190. Ainda assim, em 2023, houve um cronograma diário de visitas e rondas nas unidades escolares. No ano passado, apenas Campo Grande, em todas as 78 escolas da rede foram atendidas pelo “Escola Segura, Família Forte”, mas a partir de 2024 a previsão é de expandir o programa para as maiores cidades do interior do Estado. “Estamos na fase de planejamento para implantar em Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã e Corumbá”, afirmou o coordenador do programa na Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), Valson Campos dos Anjos. Por fim, serviço de acompanhamento psicológico é feito pela Coped (Coordenadoria de Psicologia Educacional) e envolve os setores da saúde, assistência social, justiça e segurança pública. O objetivo é criar ferramentas que garantam permanência dos estudantes na escola, atuando nas questões que “incidem no processo de ensino e aprendizagem ou em violações de direitos”. Entretanto, o serviço não visa um atendimento clínico, que só pode ser feito pelos órgãos de saúde, mas sim de encaminhamentos e instrumentalização das escolas.